Com informações (Awebic/Curiosamente)
Uma amizade que atravessa o oceano. Assim pode ser definida a relação entre o pedreiro aposentado João Pereira de Souza, de 71 anos, e o pinguim Dindin. O animal foi salvo por João há 4 anos, ao chegar perto de sua casa, numa praia da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, encharcado de óleo, quase morto. João limpou e deu de comer ao pinguim que, ao ficar forte novamente, foi até a praia para retornar ao seu habitat. O pedreiro chegou até a levá-lo ao mar em um barco, mas o pinguim retornava pra casa.
Respeito, amor incondicional, amizade e conexão.
Substantivos abstratos que comumente usamos para definir relações entre seres humanos são as primeiras palavras que nos vêm à mente quando conhecemos a história do seu João Pereira de Souza e Dindim: um homem, um pinguim e uma esperança na humanidade.
Dindim – nome que ganhou da comunidade onde vive seu João – foi acolhido na praia de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, com o corpo coberto por óleo, quase sem vida.
João cuidadosamente o limpou, alimentou e deixou o caminho do mar livre para que Dindim continuasse seu caminho em liberdade.
Para a surpresa de seu João e todos que acompanharam a recuperação de Dindim, o ‘rapazinho’ resolveu ficar mais tempo do que o esperado em companhia dos seus amigos humanos.
“Ele ficou comigo por 11 meses e depois… desapareceu!” – conta João.
No entanto, no ano seguinte Dindim estava de volta à porta de João.
De acordo com a professor de Biologia Krajewski, provavelmente Dindim acredita que João é um membro de sua família e o vê como um igual (um pinguim, no caso).
“Eu nunca vi algo como isso antes” – diz Krajewski.
João diz que ninguém além dele pode tocá-lo.
Parece que, apesar de todo o amor, é pelo seu salvador que Dindim se afeiçoou. Por isso, contrariando sua própria natureza selvagem, o pinguim volta para seu lar na Patagônia todos os anos, mas passa boa parte do seu tempo no Rio de Janeiro, nadando, brincando e agradecendo João.
“Todos disseram que Dindim não voltaria, mas ele tem voltado para me visitar nos últimos quatro anos” – diz João.
Apesar da opinião de profissionais da área que acreditam que Dindim vê seu João como um pinguim, é impossível não acreditar no amor incondicional como responsável por uma relação tão puramente doce e genuína. Dindim tem, todos os anos, a opção de viajar para outros lugares, migrar para outras partes da costa da América do Sul e, ainda assim, escolhe voltar para agradecer seu amigo. E faz isso, fielmente, desde 2011 – quando foi resgatado.
“Eu amo este pinguim como se fosse meu próprio filho e acredito que ele me ama também” – confessa ele
Parece que nem sempre a ciência é o suficiente para explicar o que acontece com os seres vivos.
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