Texto por Larissa Dias
“As pessoas se decepcionam por esperarem demais de quem não tem nada a
oferecer”. Ouvi essa frase enquanto assistia a uma palestra do pastor Cláudio
Duarte, no YouTube.
Apesar do pastor presidir cultos religiosos, a afirmação não ver nada a ver com
religião. Foi simplesmente o tema de uma de suas palestras. Achei
interessante e decidi compartilhar minha opinião com vocês.
Quem nunca se decepcionou por esperar demais de alguém? Na amizade ou
no amor, todos nós buscamos reciprocidade. E quando o outro não
corresponde nossas expectativas, nos sentimos frustrados por desejar algo que
não está ao nosso alcance.
No caso do envolvimento a dois, a “lei do desapego” tem sido pregada nos
últimos anos. Algumas pessoas vivem dizendo que a única forma de não se
decepcionar, seria envolver- se sem criar laços profundos. Mas será que isso
funciona? É possível conhecer alguém e não criar nenhum pouquinho de
expectativa em relação a essa pessoa?
No caso dos “rápidos envolvimentos”, com consentimento de ambos, é possível
nos envolvermos para satisfazermos nossos desejos carnais, por outro lado,
não temos controle sobre nossos sentimentos. O que quero dizer com isso?
Você pode até buscar rápidos envolvimentos pelo simples fato de não desejar
algo mais sério naquele momento, no entanto, você não está imune quando o
assunto é amor.
“E agora, me apaixonei. Como me entregar sem criar expectativas?” Talvez, o
segredo para não se decepcionar seja saber o que o outro deseja viver e viver
um dia de cada vez. A gente pode e deve deixar claro para nosso parceiro o
que esperamos de um envolvimento, entretanto, deixar as coisas acontecerem
de forma natural seja uma atitude sensata.
Não estou aqui para listar motivos para possíveis decepções. O foco do texto é
refletir sobre expectativa. Não podemos controlar nossos sentimentos, mas
podemos controlar nossas ações sob ele.
Termino esse texto dizendo que ninguém está imune a decepção. Cabe a nós,
identificarmos se nossos desejos são os mesmos desejos do outro e vivermos
um dia de cada vez, sem atropelarmos etapas.