“Onde eu nasci, a única aleijada era eu. Eu achei que Deus confiara em mim para alguma coisa”

Dona Virgínia jamais aceitou as previsões feitas pela mãe. Vítima de paralisia infantil aos 10 meses de idade, foi totalmente desacreditada por médicos, amigos, família e até mesmo por seus pais.

“O coração dela é grande do lado direito, a coluna em forma de interrogação, a bacia toda torta, a perna direita não tem musculatura…”

Os cochichos surgiam por todos os cantos. Afinal, coitada! não poderia esperar muito da vida, pois para ela a vida seria curta demais.

Na escola era motivo de chacota, “lá vem a Josefina, uma perna grossa e outra fina.” “Teodoro da Fonseca, uma perna grossa e outra seca.”

Mas, aos olhos de Virgínia, sempre foi diferente, ela sentiu que Deus não daria tal deficiência para destruí-la, enxergou como um troféu e não criou obstáculos para si, acreditava que poderia ir muito além e que tinha muito potencial.

Definitivamente fez o melhor, dentro do seu possível. Mesmo sem o estímulo das pessoas aos seu redor, com muita fé e empenho decidiu que nada poderia atingi-la, a não ser ela própria.

Aos 16 anos conquistou seu primeiro namorado, seu nome era Paulo, aquele que seria seu esposo, um rapaz bonito, engenheiro, cobiçado pelas moças da cidade.

Ficou casada por 56 anos e neste tempo acompanhou o nascimento de seis filhos – logo ela que morreria no parto caso insistisse em engravidar.

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Uma história linda e motivadora, que contradiz todos os palpites científicos e nos dá um verdadeiro sacode, daqueles que tocam o coração e nos faz pensar muito quanto à verdadeira natureza dos limites que nos impomos ou nos são impostos.

Vídeo: Virgínia Diniz Carneiro



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