Por Suzana Camargo
Gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça, vaidade. A famosa lista dos sete pecados capitais pode ganhar um novo. Pelo menos se depender de alguns representantes da Igreja Católica, reunidos no Sínodo dos Bispos para a Amazônia, que acontece no Vaticano, em Roma.
O evento, que reúne 250 participantes, dentre eles 184 bispos e 35 mulheres, discute até o dia 27/10, questões sociais e ambientais dos noves países que integram a bacia amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela e Suriname.
Logo no segundo dia do Sínodo, um religioso teria cogitado a ideia da adoção do ‘pecado ecológico‘. “Foi prenunciada uma conversão ecológica que faça perceber a gravidade do pecado contra o meio ambiente como um pecado contra Deus, contra o próximo e as futuras gerações“, revela o relatório divulgado pelo Vaticano, que não identificou o autor do discurso, que escreveu ainda:
“Não ao individualismo ou à indiferença que nos faz olhar a realidade como um espectador, como olhar para uma tela. Sim, a uma conversão ecológica centrada na responsabilidade e numa ecologia integral que coloca em seu centro a dignidade humana, que é frequentemente pisoteada” .
O assunto voltou à tona nas reuniões seguintes e agora a grande expectativa é se o ‘pecado ecológico’ constará no texto do documento final, que deverá ser publicado em breve.
Um dos que defenderam o conceito do ‘pecado ecológico’ foi o arcebispo brasileiro de Palmas, Pedro Brito Guimarães. Ele relatou que em seu estado, vivem 1,5 milhão de pessoas, além de 9 milhões de cabeças de gado. O gado, disse ele, costuma ter melhores cuidados de saúde do que as pessoas. Isso ocorre porque a carne deles é exportada para países no exterior. A principal alimentação animal na região é o farelo de soja, mas o plantio em excesso teve um impacto negativo na terra, denunciou o arcebispo.
“A terra está corroída, enquanto pesticidas e produtos químicos usados para cultivar a soja poluíram os rios. A criação de gado também requer muita água, e isso também corre o risco de destruir os recursos naturais”, ressaltou. “Precisamos começar a confessar nossos pecados ecológicos. Tudo está conectado, quando você toca em algo, cria uma reação em cadeia. Toda a humanidade sentirá os efeitos das decisões tomadas neste Sínodo”, concluiu.
Certamente a Igreja Católica tem à frente um chefe que pode considerar a inclusão do novo pecado: Francisco.
Defensor da natureza e uma importante voz de alerta contra a crise climática, já em 2015, o Sumo Pontífice lançou a encíclica sobre Meio Ambiente – Laudato Si –, em que ele denunciou, de forma veemente, a exploração dos pobres e o desperdício dos recursos naturais. Nela citava também a importância da transição energética para fontes renováveis, mais limpas e eficientes, com o objetivo de evitar as alterações desastrosas do clima, que poderiam comprometer o bem-estar e o futuro desta e das próximas gerações.
A Arábia Saudita, um país fascinante no Oriente Médio, está se abrindo cada vez mais…
Os problemas em um casamento são comuns e podem variar desde desafios relacionados à convivência…
Trata-se de um desafio simples, que demandará apenas a sua observação atenta e honesta. Você…
Os signos abaixo terão grandes e talvez únicas oportunidades neste mês de outubro. Vale ficar…
As férias aproximam-se e a busca por novos destinos está no auge. O turismo na…
Conforme noticiado pelo site Ric Tragicamente, a jovem de 21 anos, Kamilly Vitória Cândido,…