Elefante cega é resgatada de maus-tratos e dá os primeiros passos em liberdade após décadas

Uma elefantinha passou longos anos carregando cargas extremamente pesadas pelas ruas da Índia, e depois de quase cinco décadas, conseguiu finalmente se ver livre dos abusos.

Utilizar animais de grande porte para o transporte de cargas pesadas ou mesmo de pessoas era um hábito muito comum quando os carros ainda não eram muito populares.

Atualmente, ainda podemos nos deparar com essa realidade em municípios do interior, locais periféricos e outros países, onde a cultura é diferente.

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A elefantinha Karma, de 47 anos, teve uma vida cheia de maus-tratos e trabalho forçado, sendo utilizada para carregar cargas pesadas. Ela possui deficiência visual, mas os atuais cuidadores não souberam informar se a cegueira foi causada pelos antigos cuidadores, se ela nasceu assim ou se desenvolveu alguma doença ao longo dos anos.

Mas o fato de ser cega fazia com que fosse ainda mais maltratada, já que precisava fazer o transporte pelas ruas da movimentada Índia sem sofrer nenhum acidente. Os níveis de estresse de Karma eram altíssimos, e ela tinha muitas dificuldades para confiar nos humanos, algo natural para quem sofreu tanto em quase cinco décadas.

Assim que souberam do caso de Karma, os funcionários da ONG Wildlife SOS decidiram imediatamente intervir. Eles resgataram a elefantinha e a levaram para um santuário, o Centro de Conservação e Cuidados com Elefantes. Nas redes sociais, publicaram o momento em que ela caminha, pela primeira vez, rumo à liberdade.

Inicialmente, Karma precisou ser mantida longe dos demais elefantes, principalmente porque morava nas ruas, não recebia tratamento veterinário adequado, por isso tinha chances de transmitir doenças aos outros animais, e porque era completamente cega.

Ninguém sabia se ela já tinha tido contato com outros da sua espécie, também não sabiam como se comportaria, por isso ela cumpriu um período de quarentena.

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Durante seu isolamento, Karma saía diariamente para passear no santuário, em longas caminhadas e conhecendo o local onde agora morava. Todos se apaixonaram rapidamente pela elefanta, e ela, aos poucos, foi fazendo amizade com todos os que estavam ali, sendo eles da sua espécie ou não.

Além dos ferimentos físicos que ela apresentava, os traumas emocionais também eram evidentes, e todos se esforçaram muito para que o período de adaptação fosse o mais suave possível.

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Karma não é a primeira elefanta cega a chegar ali, o local já recebeu quatro outros animais em condições similares. O centro possui reconhecimento pelos cuidados prestados aos elefantes.

Após a quarentena, Karma conheceu os outros elefantes e teve um processo muito tranquilo nos dias que se seguiram ao lado dos novos amigos. Atualmente, ela mora no mesmo santuário, que publica sua história e atualizações com frequência nas redes sociais.

Fonte: Incroyable

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.