No mês de março de 2020, diversas medidas foram tomadas ao redor do mundo para a contenção do avanço da pandemia de coronavírus, surgida no início do mesmo ano, no leste asiático.
Uma das primeiras medidas adotadas como aposta para restringir este avanço foi o fechamento de escolas ao redor de todo o mundo, de modo que hoje, fazem mais de 400 dias que os alunos não possuem aulas presenciais.
Este quadro de ensino remoto, inclusive, impactou sobretudo a parcela mais carente da sociedade, que possui extremas dificuldades em questão de acessibilidade e condições de acompanhamento de aulas remotas.
Contudo, com o passar de mais de um ano de pandemia e através dos resultados das campanhas de vacinação frente à COVID-19, vemos dia-após-dia mais e mais municípios planejando o retorno de suas aulas presenciais, tanto em nível básico quanto em nível superior.
A rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, por exemplo, contou com a volta de mais de 700 mil alunos na segunda-feira (25), marcando o retorno de 100% dos alunos às atividades escolares presenciais.
O retorno das aulas, não só em nível fundamental e médio, mas também nas universidades é essencial para a retomada econômica e científica do país, visto que este retorno também diz respeito a como fazer um estudo de caso acadêmico, ou outros projetos acadêmicos que até então estavam estagnados devido à pandemia.
Mas, como será este retorno no estado do Rio de Janeiro? Como esta volta às aulas será realizada no estado?
Decisão pautada nas taxas de vacinação do estado
Segundo reportagens publicadas no portal G1 e na plataforma Agência Brasil, cerca de 95% dos funcionários da rede estadual de ensino do estado receberam pelo menos a primeira dose da vacina, enquanto mais de 85% já receberam a segunda dose, ou a dose única no caso da vacina Janssen.
Portanto, o retorno presencial dos alunos e dos professores às aulas a partir desta última segunda-feira foi completamente respaldado e baseado no andamento da vacinação no estado do Rio.
Além dos professores e outros funcionários da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, adolescentes das faixas etárias de 12-17 anos, cujo intervalo de idade representa a maior parte dos alunos, já estão sendo vacinados.
Porém, diferentemente do ensino fundamental e médio, as universidades possuem certo grau de autonomia, onde em conjunto com o governador do estado, estudam o retorno das atividades presenciais, como aulas, congressos, estágios, TCC e também projetos de pesquisa.
A evasão escolar e a busca-ativa de alunos da rede estadual
De acordo com dados do relatório da Unicef, segundo texto presente no website da Câmara Legislativa, o Brasil possui uma grande crise de evasão escolar que atinge cerca de cinco milhões de alunos em todo o país.
Ainda, conforme a pandemia de COVID-19 avançou no país, estes números subiram em 5% e 10% para o ensino fundamental e médio, respectivamente.
Ou seja, em termos absolutos, isso representa 250 mil e 500 mil alunos, ainda respectivamente, o que representa um grande problema na educação brasileira, atualmente.
Segundo afirma Olavo Nogueira Filho, diretor executivo da Todos Pela Educação, em entrevista para o portal G1, existem três grandes fatores responsáveis pela evasão escolar e que foram acentuados durante o período de pandemia:
1 – Quebra do vínculo com a escola
2 – Baixo desempenho escolar e o que leva a isso
3 – Necessidade de buscar fontes de renda
Com o fechamento das escolas e o desemprego em alta durante a pandemia, o primeiro e o último fator foram os grandes responsáveis pela evasão escolar nestes quase dois anos.
Acompanhando o retorno das aulas presenciais no Rio de Janeiro, então, o governo do estado afirmou que realizará uma busca-ativa que visa encontrar alunos que ainda permanecem em casa, mesmo após o retorno desta última segunda-feira.
Esta busca visa, em auxílio com o retorno das aulas, combater a evasão escolar que esteve em alta com o fechamento das escolas e a adoção do ensino remoto.
Considerações finais sobre a importância da vacinação
Por fim, é imperativo ressaltar a importância da atuação dos cientistas, médicos, pesquisadores e outros profissionais envolvidos no atendimento de pacientes e desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, visto que o retorno às atividades presenciais apenas é possível de acordo com o andamento da vacinação, que é responsável pela diminuição dos óbitos e novos casos de infecção pelo coronavírus.