Seja música clássica ou pop, o que importa é a sua reconhecida destreza ao violino. A habilidade foi potencializada desde os sete anos, com prática diária de três a quatro horas na infância e de até 13 horas na juventude, como ele conta ao G1.
O alemão radicado nos EUA esteve no Brasil em julho de 2015.
“Enquanto meus amigos iam para a praia se divertir, eu ficava em casa tocando. Pratiquei muito mesmo desde criança”, lembra. O artista diz que uma dose de sofrimento é necessária para se tornar um bom músico, e quando questionado se o mais importante era talento ou disciplina, responde rápido: “Os dois, igualmente”.
Ele já chegou a fazer trabalhos de modelo para bancar os estudos na conceituada escola de artes Julliard, em Nova York. Depois que a carreira musical vingou, chegou a ser chamado de “David Beckham do violino”. David Garrett não disfarça a pose para tocar e o cuidado com o visual, mas a busca pela perfeição musical é de longe o mais importante para ele. “Você tem que levar a música a sério e fazer o que for preciso para ser bom.”
O violinista de 34 anos diz que se identificou com o filme “Whiplash – Em busca da perfeição”, que mostra o esforço de um baterista de jazz para se aperfeiçoar. “Gostei de verdade, achei muito bem feito. É uma grande história e me identifiquei muito, lembrei da época em que estudei na Julliard”, diz.
Mas o que diferencia seu show é a inserção de músicas como “Smells like teen spirit”, do Nirvana, ou “Livin’ on a prayer'”, do Bon Jovi. Ele começou voltado à música erudita, mas diz que foi despertado para o rock ao ouvir “A night at the Opera”, do Queen.
O disco ambicioso de 1975, com “Bohemian Rhapsody”, ajudou a elevar o padrão da música pop, algo que interessa a Garrett. “Acho que música é uma linguagem só, não importa o gênero. O jazz influenciou R&B, que influenciou o rock, que influenciou a house. É totalmente normal ter inspiração em diferentes gêneros. é a mesma linguagem”, diz.
Fonte: g1.globo.com/musica