Créditos da matéria: G1
Esta notícia tem feito com que muita gente reflita sobre a dimensão dos preconceitos sexuais em todo o planeta. Rekha é uma mulher transexual da Índia que decidiu fazer uma boa ação. Decidiu doar sangue para um bebê com grave anemia.
Para agradecer pela ajuda, os pais decidiram ir até a casa da mulher para conhecer a pessoa que havia salvado a vida da filha. Mas a visita não foi como o esperado e eles se revoltaram ao descobrir que uma mulher trans havia doado o sangue. Por causa disso, os pais decidiram abandonar a criança, que acabou sendo adotada pela própria Rekha. A história foi publicada no blog “The Stories of Change”.
No dia seguinte à visita dos pais, Rekha e seus amigos encontraram um bebê deixado na frente da porta deles, com um bilhete escrito pelos pais. A nota dizia que a criança não era mais adequada para ser parte da família porque havia recebido sangue de uma transexual. A família estava preocupada que o bebê fosse “um deles” já que o sangue estava dentro de seu corpo. Rekha contatou o hospital para informar sobre o ocorrido, que confirmou que era o mesmo bebê para quem ela havia doado sangue.
Mesmo chocada com o acontecimento, a mulher decidiu adotar e criar o bebê, já que se identificava com a sua história. Rekha também foi abandonada por seus pais depois que eles descobriram que ela não era um menino. E, de acordo com Rekha, quando ela viu a menina recém nascida na frente da sua porta naquele dia, lembrou de todas as memórias ruins e decidiu que não deixaria a pequena sofrer como ela.
Hoje, a menina tem seis anos e frequenta uma escola pública. Rekha e os amigos são sua nova família que tentam dar-lhe as melhores instalações possível.
Apesar de ser feliz com a criança, o incidente deixou um profundo impacto na vida de Rekha, que ficou com medo de voltar a doar sangue. Perguntada sobre como as pessoas podem apoiar a causa e tornar a doação de sangue mais fácil para a comunidade LGBT, Rekha disse: “Não se trata de tornar as coisas fáceis. Não estamos contra nada. Só esperamos que o sistema facilite para que a nossa comunidade sangue sempre que for necessário”.