Por site Refletir para Refletir
Recentemente uma “pérola” infantil viralizou no facebook. A mãe de Gabriel (5 anos) fotografou um bilhete do filho onde ele tentava cabular aula. Na travessura, o pequeno se passa pela professora, garantindo que era verdadeiro “esse bilete”.
Muitas pessoas se divertiram com a história mas algumas críticas foram feitas na publicação do facebook. As pessoas que criticaram a mãe da criança acreditam que o ato de mentir deveria ser levado mais a sério e com apenas 5 anos, ele teria demonstrado muita astúcia para enganar.
Veja o bilhete:
A maior preocupação é de que o pequeno seja incentivado a mentir no futuro, inclusive o compararam a políticos desonestos. Outros argumentam que nossos valores estão invertidos e as pessoas aplaudem a desonestidade.
Algumas das críticas copiadas do facebook:
Com certeza um fato pode ser interpretado por muitos prismas e pontos de vista.
Entendo que a preocupação das pessoas é sincera. A grande maioria não escreve para magoar a mãe e a criança, apenas estão colocando a sua opinião.
No meu ponto de vista o pequeno Gabriel não teve lá toda essa “astúcia vilãnesca” em seu bilhete, e exatamente por isso viralizou: é divertido olhar a inocência da criança e imaginar que, para ela, a história faz algum sentido. Obviamente a mãe notaria a mentira assim que colocasse os olhos no “objeto do crime”.
Então, a história não viralizou por apreciarmos a desonestidade como algumas pessoas argumentaram. O fato fez sucesso porque a inocência de uma criança é fofa e diverte os adultos.
A mãe do menino garante que repreendeu o pequeno pela travessura, então, aparentemente ela não está incentivando mentiras, apenas compartilhou com seus amigos algo divertido de sua rotina e que ela não teria como adivinhar que viralizaria.
É necessário educar, mais do que nunca, os filhos com fortes valores morais. Mas, apesar de rigor de menos ser algo prejudicial a uma criança, rigor demais também torna uma educação inflexível e castradora. Cria adultos inseguros. É preciso encontrar um meio termo, sem extremismos.
Afinal, será que não podemos ver com olhos menos severos e críticos as atitudes de uma criança?
Os pais tem a função de educar e orientar, e não de condenar e massacrar. Gabriel tem apenas 5 anos de idade e está recém começando a aprender a conviver em sociedade e respeitar as normas morais. Se a gente não tiver bom humor, doçura e paciência com os equívocos de uma criança pequena, que esperança existirá para todos os adultos?