As coisas acontecem quando você não as espera, as coisas acontecem quando você não as força, as coisas acontecem quando você não está ansiando por elas.
Mas isso é uma consequência, não um resultado. E fique claramente consciente da diferença entre “consequência” e “resultado”. Um resultado é conscientemente desejado; uma consequência é um subproduto. Por exemplo: se eu digo a você que se você brincar, a felicidade será a consequência, você vai tentar por um resultado. Você vai e brinca e você fica esperando pelo resultado da felicidade. Mas eu lhe disse que ela será a consequência, não o resultado.
A consequência significa que se você está realmente na brincadeira, a felicidade acontecerá. Se você constantemente pensa na felicidade, então, ela tem de ser um resultado; ela nunca acontecerá. Um resultado vem de um esforço consciente; uma consequência é apenas um subproduto. Se você estiver brincando intensamente, você estará feliz. Mas a própria expectativa, o anseio consciente pela felicidade, não lhe permitirá brincar intensamente. A ânsia pelo resultado se tornará a barreira e você não será feliz.
A felicidade não é um resultado, é uma consequência. Se eu lhe digo que se você amar, você será feliz, a felicidade será uma consequência, não um resultado. Se você pensa que, porque você quer ser feliz, você deve amar, nada resultará disso. A coisa toda será falsificada, porque a pessoa não pode amar por algum resultado. O amor acontece! Não há motivação por detrás dele.
Se há motivação, não é amor. Pode ser qualquer outra coisa. Se eu estou motivado e penso que, porque desejo a felicidade, vou amá-lo, esse amor será falso. E como ele será falso, a felicidade não resultará dele. Ela não virá; é impossível. Mas se eu o amo sem qualquer motivação, a felicidade segue como uma sombra.
A aceitação será seguida por transformação, mas não faça da aceitação uma técnica para a transformação. Ela não é. Não anseie por transformação – somente então a transformação acontece. Se você a deseja, seu próprio desejo é o obstáculo.