Em setembro deste ano, o banco central da China publicou um memorando em que criminaliza praticamente todas as atividades com criptomoedas. Quando o memorando começou a circular na internet, o preço do Bitcoin (BTC) caiu mais de 6,5%. Logo depois, no entanto, especialistas do setor sugeriram que essa notícia pode ter servido como uma excelente oportunidade de compra.
A repressão às criptomoedas na China começou há alguns anos, de tal forma que o Bitcoin sofreu sua maior queda de dificuldade de mineração, de cerca de 28%, quando os mineradores começaram a migrar para fora da China. A repressão fez com que a exigência de computação que protegia a rede Bitcoin – sua taxa de hash – caísse quase 50%. O memorando recente do banco central chinês fez com que todas as operações de mineração e negociação de criptos que ainda restavam tenham que ser encerradas.
Já em outubro de 2021, no entanto, as operações de mineração de Bitcoin parecem estar se recuperando. De acordo com a Glassnode, a taxa de hash do BTC se recuperou quase que totalmente da queda causada pela repressão do governo na China.
O relatório “Week On-chain” da empresa esclareceu que tanto a taxa de hash do BTC quanto a dificuldade de mineração, que mede a concorrência entre os mineradores que protegem a rede, estavam em um “trajetória consistente de recuperação”. Os dados mostram que a taxa de hash do Bitcoin já está perto de seus níveis anteriores, ao mesmo tempo em que mantém uma trajetória de crescimento.
Sacha Ghebali, diretor de estratégia e negócios do provedor de dados sobre criptomoedas TheTie, falou com o Cointelegraph sobre essa rápida recuperação:
“Muitos mineradores têm comprado taxa de hash de mineradores chineses após a proibição, o que, em conjunto com o aumento da atividade de mineração por empresas nos EUA, pode explicar a recuperação da taxa de hash.”
Ghebali acrescentou ainda que a “rápida recuperação do mercado de criptomoedas foi impulsionada principalmente pelas perspectivas de um mercado de futuros em breve”, o que geraria uma “pressão intensa de compra”.
Acredita-se que o preço do Bitcoin tenha subido no início deste mês em resposta ao aumento das especulações de que esse mercado seria aprovado pela Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos. Eric Balchunas, analista sênior da Bloomberg, disse ter 75% de certeza de que essa aprovação é iminente. A repressão na China parece ter pesado menos no mercado do que a perspectiva de um mercado futuro de Bitcoin nos EUA.
Baleias de Bitcoin pagam para ver
Os dados da blockchain mostram que os grandes players aproveitaram a queda do preço do Bitcoin provocada pelo memorando do banco central chinês para dobrar a aposta e adicionar mais BTC aos seus estoques. Ki Young Ju, CEO da empresa de análise de criptomoedas CryptoQuant, noticiou no Twitter que alguém teria comprado “até US$1,6 bilhão em BTC por meio de ordens no mercado”, as quais foram realizadas em apenas cinco minutos em uma bolsa centralizada.
Em declarações ao Cointelegraph, Pete Humiston, gerente da Kraken Intelligence – uma divisão da famosa corretora de criptomoedas voltadas à análise de dados on-chain – fez pouco caso da proibição na China, dizendo:
“Essa foi a décima quarta vez nesta década que as autoridades chinesas reprimiram as criptomoedas. É possível que os mercados já tenham precificado totalmente o impacto de uma proibição total na China, com cada novo anúncio passando a ter pouco impacto sobre os preços à vista.”
Humiston afirmou que os investidores de longo prazo se juntaram às baleias para lucrar com a notícia, acrescentando que a quantidade de Bitcoin em poder das baleias (apelido para quem tem carteiras com mais de 100 BTC), atingiu um novo recorde histórico de 11,88 milhões de BTC em meados de setembro de 2021.
O analista observou que essas carteiras representam mais da metade da oferta total de BTC, acrescentando que a contínua acumulação da moeda tem pressionado a oferta comercializável de BTC, “aumentando a possibilidade de um salto na volatilidade do ativo em meio à crescente demanda”. De acordo com Humiston, isso ajuda a explicar o aumento do valor do BTC para mais de US$50.000.
Segundo ele, a Kraken Intelligence descobriu que, embora os mercados inicialmente vendessem quando apareciam manchetes negativas da China, historicamente, o BTC “cresce a uma taxa superior a 50% nos 90 dias seguintes”.
Baleias e detentores de longo prazo podem não ter sido os únicos a acumular BTC após a proibição. Afinal, dados da Glassnode mostram que o número de endereços de BTC com mais de uma moeda atingiu o nível mais elevado em quatro meses no início de outubro de 2021.
Marie Tatibouet, diretora de marketing da corretora de criptomoedas Gate.io, disse à Cointelegraph que a declaração do presidente do Federal Reserve (o banco central dos EUA), Jerome Powell, de que o Fed não tem intenção de banir o Bitcoin, também pode ter levado a essa concentração
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