Por: Sara Espejo – Mujer.Guru
Muitas vezes sentimos que alguém perdeu o interesse em nós, parou de nos querer, deixamos de ser uma prioridade em suas vidas e ao invés de nos valorizarmos, fazendo uma análise correspondente daquilo que contribuímos, modificamos ou subtraímos dessa relação e deixarmos. essa pessoa seguir o curso que deseja, nos limitamos a resistir em sair da vida de quem joga para nos perder.
Se alguém decidiu que não temos um lugar em sua vida ou simplesmente deseja mudar planos e projetos que não nos incluem, devemos com a maior dignidade possível, ceder-lhe o espaço que exige. Isso muitas vezes parece super simples de fazer, mas na prática, podemos sentir que um pedaço de nós está indo embora com essa distância.
Pode definitivamente ser muito doloroso, mas não podemos forçar alguém a agir de acordo com o que consideramos conveniente para nós. Todos, felizmente, estão livres para dedicar suas energias ao que quiserem e colocar pontos onde considerarem.
Muitas vezes, aqueles que tentam se afastar de nós não o fazem de forma radical e até buscam as maneiras pelas quais nós mesmos devemos favorecer a separação como fato. Esse cenário permite que eles se libertem da culpa e do remorso, embora, para isso, possam agir da maneira mais questionável.
Enfim, quando alguém não quer estar conosco, percebe-se à distância, o desinteresse torna-se presente, as ausências são frequentes, qualquer coisa que tenha um implícito “não me importo” é um bom recurso para usar e aqueles que são mais focados e têm melhor domínio de suas ferramentas, sem muita dissimulação e sem muitos atalhos eles dão um determinante: “até aqui”.
De qualquer maneira, quando alguém não quer mais estar conosco, não consegue disfarçar por muito tempo e logo se percebe à distância. O desinteresse se torna claro, as ausências são mais frequentes e os nossos assuntos já não importam tanto para a pessoa. Em outras palavras, passa-se a viver em universos diferentes, onde o que o outro mais quer é botar um ponto final na história e começar outra, de preferência sem nos incluir.
Sabemos que os sentimentos que nos assaltam nessa crise são os piores possíveis, mas resistir a aceitar que não somos mais uma peça fundamental na felicidade do outro é a pior reação que se pode ter. Nesse momento, quem tiver discernimento para entender que é só um ciclo se fechando, que devemos também cuidar em abrir um novo ciclo, vai ter as condições ideais para encarar a nova situação.
Então vamos aprender a amar a nós mesmos o suficiente para não querer estar ao lado de alguém que não nos ama mais, ao lado de alguém que não nos valoriza mais, que deixou de sentir por nós tudo aquilo poderia ter lhe dado a vontade de ficar, para assim ganharmos cada dia mais através de suas ações, seus gestos, suas palavras …
O amor é perceptível e a falta de amor é ainda mais perceptível, não caímos em vazio de onde será muito mais difícil partirmos, deixando a nossa dignidade lá e expondo os padrões de merecimento que podemos ter. Nós merecemos o melhor! Embora não acreditemos nisso, teremos que passar por algumas lições, então vamos seguir o caminho simples e trabalhar em cada uma das coisas que sentimos como limitações e quando as tirarmos da mente, apenas o melhor entrará em nossos corações.