Quanto mais estudamos, fica cada vez mais claro que a solução de muitos dos problemas da atualidade poderiam ser resolvidos se nos reconectássemos com nossa essência.
A “Terapia da Natureza“, uma prática que promete melhorar nossa saúde física e mental apenas aumentando nosso contato com a natureza, é apenas mais uma das provas reais de que tal afirmação é mais que verdadeira.
Criada no Japão nos anos 80, a “Forest Therapy“, como é conhecida nos Estados Unidos e Europa, ou a “shinrin-yoku” (algo como “banho na floresta“), como é chamada em seu país de origem, consiste em oferecer aos interessados algumas horas de contato direto com a natureza em prol de benefícios à saúde.
Já existem passeios com este intuito direcionados por guias, que ajudam as pessoas a chegarem em lugares cercados por verde. Estes que recebem comandos para estimular essa reconexão, como “sinta o cheiro do ambiente“, “ouça o barulho das folhas“, “perceba a terra em sua mão“, etc…
Os benefícios alcançados com essa terapia não estão sendo difundidos apenas por leigos ou pela “galera de humanas”, conforme você possa estar pensando. Além dessa turma que sai por aí abraçando árvores estarem certos, eles ainda contam com um respaldo científico.
– Sessão de terapia da natureza com guia, nos Estados Unidos.
A ciência aprova
De acordo com Amos Clifford, fundador e diretor da Associação da Natureza e Terapia da Floresta, em entrevista ao Today, esse contato direto com a natureza feito pela terapia pode acabar com o estresse, insônia, tensão e até alívio para a dor crônica.
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A CIÊNCIA COMPROVOU QUE ANDAR DESCALÇO FAZ BEM E PODE CURAR DOENÇAS AS TÉCNICAS DE CURA QUE A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NÃO QUER QUE VOCÊ CONHEÇA PESQUISA REVELA QUE O CONTATO FÍSICO REALMENTE ALIVIA AS DORES IGUAL REMÉDIO
Quando questionado quais os motivos disso acontecer, Clifford revela que tudo não passa de uma resposta do nosso corpo ao retornarmos ao nosso ambiente de original.
“É nossa casa. Nós evoluímos fora das florestas, mas há algo realmente profundo em nós que tem um senso de reconhecimento nelas. Parece que estamos ligados a isso.
Nós vemos uma redefinição do sistema nervoso, onde as pessoas começam a voltar para um patamar mais saudável. Elas estão longe de seus dispositivos, não estão no trânsito, não estão assistindo notícias o tempo inteiro… elas estão muito ligadas no momento presente.
O corpo, nessas circunstâncias, tem uma incrível capacidade de autocura.” – disse o diretor à publicação.
Dr. David Strayer, professor de psicologia e pesquisador especializado em cognição e natureza, Universidade de Utah, também deu sua opinião sobre a terapia, que foi em total acordo.
Segundo o especialista, entrar em uma floresta muda a maneira com seu cérebro funciona, reduzindo os níveis de estresse e aumentando a sensação de bem estar. Cientificamente falando, o motivo é a ausência da tecnologia.
Quanto mais absorvidos por este estilo de vida que estamos vivendo – checando mensagens a todo instante, registrando todo e qualquer momento, etc. – aumentamos os estímulos na região do cérebro responsável pela resolução de problemas (córtex pré-frontal) e com o tempo acabamos fadigando o órgão.
Ao nos distanciarmos disso tudo na natureza, acabamos dando um descanso à essa região ativa do corpo, nos fazendo parar de remoer os problemas. As partes responsáveis por ficarmos mais atentos e em estado quase meditativo são ativadas, trazendo os benefícios citados, conforme explicou o pesquisador.
Outra prova de que a “Terapia da Natureza” não é papo de “bicho grilo” está neste estudo japonês, publicado na revista científica NCBI, que constatou através de pesquisas, que o simples fato de observar a natureza por cerca de 20 minutos foi capaz de reduzir os níveis de cortisol salivar em 13,4%.
Um dos motivos em se ter o nível de cortisol alto é o estresse, e essa característica pode estar super relacionada com várias doenças, como o aumento do peso, pressão alta, diabetes e até osteoporose.
Além disso, eles comprovaram também que a “terapia florestal” pode reduzir a pressão arterial e a frequência cardíaca, desencadeando um aumento significativo na atividade de células que são produzidas pelo sistema imunológico, com a função de evitar infecções e combater o câncer.
O estudo comprovou que se passarmos 3 dias na floresta, essas células aumentariam em nosso organismo em até 50%, fazendo seus efeitos benéficos durarem por até um mês.
Outras terapias da Natureza
Embora Dr. Strayer tenha afirmado que os benefícios são provenientes da ausência da tecnologia, que basta reservamos 30 minutos do nosso dia em algum lugar arborizado sem usar o celular, para sentirmos os efeitos, já existem outros dados apontando que a melhora em nossa saúde graças à natureza não se limita apenas à distância dos eletrônicos.
É o caso do grouding, como falamos neste artigo, andar descalço sobre o solo pode funcionar como um potente tratamento e uma possível solução à uma variedade de doenças, inclusive as crônicas e degenerativas, devido à carga rica em elétrons presentes na terra.
Ao andarmos descalços, esses elétrons penetram em nosso corpo e funcionam como poderosos antioxidantes, destruindo os radicais livres. Abraçar árvores funciona da mesma forma, justamente por conta do aterramento das raízes.
Também nesta matéria falamos sobre a frequência dos sons emitidos pela natureza, como o barulho da água, os pássaros e qualquer outro movimento natural, agem em uma frequência de 432 hertz, capaz de entrar em harmonia com o universo, inclusive com o nosso organismo, colaborando com a sensação de tranquilidade e bem estar.
Ou seja, motivos e provas científicas não faltam para comprovar o quão transformador pode ser o contato com a natureza, então quando tiver oportunidade, experimente passar algumas horas ou mesmo alguns minutos cercado por árvores, plantas, sinta o cheiro da terra, ouça os pássaros e reconecte-se.
Com informações: Nature and Forest Therapy, Renewal by Nature, The Telepgraph, Today, Dr. Weil, Brut Nature – Facebook