Stephen Hawking afirma que nossa história é a “história da estupidez”

Por Bruno Vaiano 

Stephen Hawking é uma fonte incansável de afirmações certeiras, ácidas e polêmicas sobre o futuro da espécie humana. Durante uma palestra na inauguração do Centro Leverhulme para o Futuro da Inteligência (CFI), instituição que unirá grandes nomes da pesquisa científica para ficar de olho na evolução da inteligência artificial, o astrofísico afirmou que ela será”ou melhor ou a pior coisa que já aconteceu com a humanidade”.

“Nós passamos muito tempo estudando nossa história, que é, precisamos admitir, a história da estupidez”, disparou o célebre cientista, que afirma que conhecer os erros do passado não impediu o ser humano de cometê-los no presente. “É uma mudança bem-vinda que agora estejamos estudando o futuro da inteligência”.

Não é a primeira vez que Hawking alerta para os perigos de máquinas pensantes, e também não é a primeira vez que ele dá apoio a inicitiavas que ponham ordem na casa da tecnologia e da inovação. Em 2015, ele, Elon Musk, Noam Chomsky e mais de 1,3 mil outros cientistas, especialistas e empresários enviaram à Organização das Nações Unidas (ONU) uma carta aberta em que pediam a proibição do uso militar de robôs autônomos. Em entrevista à BBC ele foi mais radical, e afirmou que a inteligência artificial poderia representar o fim da humanidade.

Na palestra do CFI, que ocorreu na Universidade de Cambridge, ele afirmou que teme armas autônomas poderosas, e que elas podem ser a mais nova forma dos “poucos oprimirem os muitos”. O novo departamento da universidade recebeu US$ 12 milhões para iniciar suas investigações, que deverão tanto ajudar a evitar os riscos mencionados como aumentar o potencial que a inteligência artificial tem para boas ações.

“Não dá para prever o que poderemos alcançar quando nossas mentes estiverem amplificadas pela inteligência artificial”, afirmou Hawking. “Com ferramentas dessa revolução tecnológica, talvez nós sejamos capazes de desfazer parte dos danos que a industrialização causou ao meio-ambiente. E, com certeza, tentar erradicar a pobreza e as doenças.”



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