“Você está fazendo o teu possível ou o teu melhor?” – Mario Sergio Cortella

“Na tua atividade, na atividade que você tem no executivo, na prefeitura, no Estado… Você está fazendo o possível ou o melhor?

Não é o melhor do mundo. É o teu melhor, na condição que você tem enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda. Pergunto de novo, mas não responda: Você está fazendo o possível ou o melhor? Insisto, Não é o melhor do mundo. É o teu melhor, na condição que você tem enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda.

Porque se você ou eu podendo fazer o meu melhor, me contento com o possível, eu caio num lugar perigoso chamado ‘mediocridade’. Uma pessoa medíocre é aquela que é morna. Que está na média. Que não é quente e nem fria.

Lembra quando você chegava da escola que tinha o boletim escrito, o pai olhava: 6,0 em português, 5,5 em matemática, 4,0 em história… e você dizia: ‘ Pai, deu pra passar’.

Medíocre! – ’Deixa, eu toco a minha vida’ – Isso é mediocridade. Insisto: uma pessoa medíocre é aquela que podendo fazer o melhor se contenta com o possível. Exemplo: Mediocridade é falta de capricho.

Sabe o que é capricho? Capricho é você fazer o teu melhor na condição que você tem enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda.

Exemplo: minha mãe e eu moramos na mesma rua em São Paulo, por coincidência, e às vezes eu passo na casa dela no fim da tarde e mãe conhece. Às vezes ela me olha pra mim as 5 da tarde e pergunta: ‘você não almoçou ainda, né?’, aí eu falo para ele “Não, comi um negocinho na Universidade” – e ela falo – ” Espera aí que eu vou fazer um negócio pra você”. E aquela coisa meio mágica de algumas mãe, em cinco minutos aparece uma coisa para eu comer.

Se você não existisse, que falta faria? (Cortella)
Eu como filho de italianos, uma coisa comum, um pouco de talharim com azeite e sal em cima, mais nada. E com a fome que eu estou naquela hora comeria o prato vazio. Portanto, ela pode fazer qualquer coisa mas sabe o que ela faz? Faz o macarrão com azeite e sal mas antes de servir ela pega um tomatinho cereja, corta em quatro e põe em cima.

Capricho. Capricho é você fazer o teu melhor na condição que você tem enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda.

Eu no Paraná, quantas vezes, caipira, ia até a roça visitar a casa de alguém, quem aqui conhece sabe, na roça aquela casa que a gente chama de pau-a-pique, casa de barro com madeira trançada. Entrava na casa, chão de terra, tudo varrido. Capricho! ‘Ah, mas o chão já é de terra” Capricho!! Fazer o teu melhor na condição que você tem enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda, para não ser medíocre.

Pedia eu para tomar um gole d’água na roça, a mulher corria pegar uma canequinha, daquela de alumínio, toda amassada… areada. Passava areia em volta. ‘Ah, mas já é pobre mesmo’ – Êpa!! É pobre, mas é limpinho. E tem gente que não é pobre e limpinho não é e tem gente que é pobre e não é limpinho. Medíocre!

Viemos para nos aperfeiçoar e nos tornarmos pessoas melhores
Pobre na roça tem roupa de ver Deus, vai à igreja, pode a roupa não ser nova, às vezes tem remendo mas está limpinha e põe no sol para “quarar”.

Quantas vezes eu, como secretário de educação na capital ia visitar uma escola municipal, teto caindo, água escorrendo, culpa nossa do poder público, mas a escola toda arrumada, limpinha, as carteiras em ordem, velhinhas mas todas em ordem. Florzinha, sala dos professores. Capricho! Capricho é você fazer o teu melhor na condição que você tem enquanto você não tem condições melhores para fazer melhor ainda.

Tem gente que é medíocre e aí a obra fica medíocre. ‘Ah, mas do jeito que me pagam; ah, mas do jeito que é; ah, mas eu não tenho condição…’.

Há pessoas que, em nome da condição, degradam a ação. Ao invés de ter um trabalho que é concomitante, luta para melhorar as condições e vai fazendo o melhor com aquelas que tem”.

Medíocre! – ’Deixa, eu toco a minha vida’ – Isso é mediocridade. Insisto: uma pessoa medíocre é aquela que podendo fazer o melhor se contenta com o possível. Exemplo: Mediocridade é falta de capricho.



Para todos aqueles que desejam pintar, esculpir, desenhar, escrever o seu próprio caminho para a felicidade.