Squid Game, conhecido como Round 6 no Brasil, é uma série de televisão de drama e thriller sul-coreana (dorama) transmitida pela Netflix, escrito e dirigido por Hwang Dong-hyuk.
A produção apresenta um enredo sobre centenas de pessoas de todos os níveis sociais que estão endividadas, que participam de um misterioso jogo de sobrevivência com consequências fatais concorrendo a um prêmio milionário.
Squid Game foi lançado mundialmente em 17 de setembro de 2021 e distribuído pela Netflix. Ela já é a série mais assistida da história da plataforma.
Abaixo, separamos 6 fatos que ‘Round 6’ nos ensina sobre a sociedade sul-coreana:
1) Misoginia
Segundo o Fórum Econômico Mundial, a Coreia do Sul ocupa apenas a 102ª posição na lista de países com maior igualdade de gênero entre homens e mulheres.
A série reflete essa cultura por meio de discussões sobre a aptidão das mulheres para realizar tarefas fornecidas aos competidores. Por exemplo, Cho Sang-woo, o banqueiro de investimentos, mais de uma vez tenta impedir competidoras do sexo feminino de participar de tarefas em grupo.
Em outra cena, houve polêmica em relação à personagem Mi-nyeo, que tem relações sexuais com o gangster Deok-su para entrar na equipe dele.
2) A situação dos desertores do Norte
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Há uma discussão relativamente ampla sobre os desertores norte-coreanos. Na série, a competidora Sae-byok (interpretada pela modelo Jung Ho-yeon) se junta à trupe na esperança de ganhar dinheiro para reunir sua família, que se separou enquanto fugia do regime repressivo do país vizinho.
3) Pobreza
A desigualdade social tem aumentado no país asiático.
Isso porque os 20% mais ricos da Coreia do Sul têm um patrimônio líquido 166 vezes maior do que os 20% mais pobres. Ainda assim, a situação não é tão ruim quanto a do Brasil.
4) Exploração de migrantes
Em Round 6, o personagem Ali se destaca: ele é um operário migrante paquistanês que se junta aos competidores depois que seu chefe sul-coreano deixa de pagar seu salário por meses, forçando-o a deixar para trás o filho bebê e a esposa.
Apesar da população paquistanesa não estar entre as maiores populações de migrantes na Coreia do Sul, a história de Ali simboliza uma rotina de trabalho duro e exploração que alguns trabalhadores estrangeiros podem vivenciar no país.
5) Corrupção corporativa e política
Cho Sang-woo, um banqueiro de investimento que se junta ao desafio após cair em desgraça por desviar fundos da empresa para a qual trabalhava, é um dos personagens principais de Round 6.
Ele é um reflexo dos constantes escândalos envolvendo sua elite empresarial e política, incluindo uma investigação de corrupção em 2016 que derrubou sua primeira presidente mulher, Park Geun-hye.
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6) Uma relação complicada com a China
Há apenas uma referência à China em Round 6.
A nação continental é o principal aliado da Coreia do Norte: o paralelo está na mãe de Sae-byok, que é detida enquanto tentava chegar à Coreia do Sul pela China.
“Mas foi fora das telas que a série se tornou mais um exemplo das tensões entre Seul e Pequim. A imprensa chinesa noticiou que os agasalhos verdes usados pelos competidores do jogo são semelhantes aos usados no filme chinês de 2019 Teacher, Like”, explica reportagem especial da BBC.
Fonte: BBC
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