Por site Só notícia boa
“Quando você aprecia o que é bom, é valorizado pelo que é bom”, ensina o professor de Felicidade da Universidade de Harvard, Tal Ben-Shahar, Ph.D.
Ele esteve em São Paulo na semana passada para uma palestra na abertura do G.A.T.E – Global Access Through Education – que foi acompanhada pelo SóNotíciaBoa.
No evento, Tal Ben-Shahar, ensinou 5 passos simples para ser feliz:
Anote a receita:
1) Permitir-se ser humano (conviver com suas falhas)
2) Aprender a lidar com o estresse ( buscar momentos relaxantes)
3) Fazer exercícios regulares (três vezes por semana)
4) Foco nas suas relações pessoais (presenciais)
5) Ter gratidão
Ph.D. em Comportamento Organizacional e B.A. em Filosofia e Psicologia pela Universidade de Harvard,Tal Ben-Shahar é reconhecido por seu trabalho na área da Psicologia Positiva e Liderança e por ser coordenador do Curso de Felicidade da Universidade de Harvard.
Atividades felizes
Você já deve ter ouvido conselhos isolados de como é bom fazer exercícios, o valor de ser menos auto exigente, que precisa aprender a lidar com o estresse do dia a dia e que a melhor coisa do mundo são os amigos e a sua família, não?
Não importa a sua religião, provavelmente tenha recebido a dica: agradecer a Deus, a seus pais, ou simplesmente, o fato de ter acordado para o trabalho de mais um dia, certo? E aquela aula de dança de salão que você vem adiando há um tempão?
Pois bem, está cientificamente provado que todos esses conselhos farão qualquer pessoa mais feliz. Esse estado de espírito é altamente contagioso e pode se espalhar por onde você estiver, garante Tal Ben-Shahar.
Segundo o mestre, o homem moderno deve buscar a força nas três modalidades – espiritual, física e intelectual – para manter a mente ativa e nutrir-se de empatia, como eixo para relacionamentos saudáveis.
Exercícios diários
Na palestra que ministrou em São Paulo, na última sexta-feira, 14, sobre o tema “Felicidade”, Tal Ben-Shahar afirmou que, ao exercitarmos atividades que nos dão força mental e física, teremos elevada a nossa capacidade de vencer boa parte dos desafios que poderiam nos colocar para baixo, ou no caminho oposto ao da felicidade.
Na palestra, Ben-Shahar apresentou diversos estudos que comprovam que a alegria e atividades sociais presenciais, como por exemplo, a prática de dança, podem ajudar a melhorar até o desempenho escolar, inclusive como antídoto contra o bulling.
“Gosto de perguntar às pessoas, não o que elas fizeram no fim de semana, mas o que fizeram de diferente no fim de semana.
A qualidade das nossas ações, ao refinar as escolhas e buscar a felicidade em coisas simples são exercícios diários, tanto quanto estudar ou praticar uma atividade física”, relata.
“Quando você lê um livro sobre Mozart, você não vai aprender a tocar piano melhor, você precisa praticar, assim como tênis, futebol. E é assim com a felicidade. É importante praticar, investir nisso.
Por exemplo, se exercitar regularmente, usar o tempo de forma qualitativa, com pessoas que você gosta, mas não com o fone no ouvido ou no computador, caso esteja com uma pessoa ao lado, e sim estar de verdade com um amigo.
Ou, ainda, talvez toda noite, agradecer pelas coisas na vida. Assim, introduzindo pequenas práticas, mas de forma regular e consistente, encontramos a felicidade”, sintetiza Ben-Shahar.
Vencer a tristeza
O professor também dá sua receita para vencer sentimentos ruins.
Segundo ele, reprimir esse tipo de emoção só faz com que ele cresça.
“O ideal é senti-lo e deixar que uma solução apareça. O estresse, se olhado desde uma nova perspectiva, pode não ser um problema, por exemplo. O verdadeiro inimigo da felicidade e do bem-estar é a falta de recuperação”.
“Valorize momentos que você possa relaxar, ouvir uma música, respirar mais profundamente, meditar, viajar, etc”.
Pelo fato de vivermos muitas coisas e recebermos muitas informações ao mesmo tempo, nós mesmos desenvolvemos o estresse. Mas se nos dedicarmos à recuperação, isso pode virar aprendizado para sermos mais resilientes e criativos”, aponta o professor.
Pausa diária
Ele também ensinou a plateia a pausar suas atividades por até quatro vezes ao dia, para fazer uma respiração profunda.
Ben-Shahar foi questionado se as redes sociais podem atrapalhar a felicidade.
“As redes não são vilãs se bem usadas, mas deve existir um equilíbrio nesse uso. Uma criança que passa mais de sete horas em uma tela, por exemplo, tem dificuldades de gerar empatia. E empatia se desenvolve com convivência, ela é o pilar da sociedade”, concluiu.
Por Sandra de Angelis, de São Paulo, para o SóNotíciaBoa